O DESMANTELAMENTO DO ENSINO PÚBLICO NA UNIVERSIDADE DE VIGO
O processo de precarização do ensino público, de que forma parte o projeto da universidade privada apresentado por Abanca, foi agravado durante este curso na Universidade de Vigo. Junto com a perda dos serviços de reprografia em todas as faculdades -ato que implicou o despedimento das trabalhadoras baixo formas graves de exploração laboral com a complicidade da Uvigo-, tambêm vivemos uma tentativa de desmantelar o âmbito humanístico com o fechamento do grau em Ciências da linguagem e estudos literários.
As estudantes da Uvigo levamos sem servizo de reprografia 5 meses, num lugar como é o CUVI, onde não há possibilidade de se achegar a uma livraria; e o problema não parece que se venha a solucionar em pouco tempo por muitas promessas que fagam desde a equipa reitoral.
Por outra banda a problemática das Humanidades vem do que foi um agente mais no desmantelamento do ensino público: o decreto Decreto 222/2011 de 2 de dezembro, que regula o sistema de quotas que rege a Universidade Galega e que cifra a quantidade mínima de alunas para que um curso seja rentável em 50 para o campus de Vigo. Isto provoca que os âmbitos das humanidades -os mais desprezados polo sistema capitalista por serem pequenas faíscas de pensamento crítico e os menos úteis para o mercado- vejam impossível o cumprimento das quotas e fiquem condenados à extinção.
Também cumpre mencionar a absoluta integração do pensamento neoliberal nos planos de estudo e aulas das Engenharias, onde se fala das trabalhadoras como se fossem objectos de compra e venda ou se lhes põe um preço.
Desde o estudantado não podemos permitir que a nossa universidade pública sirva à lógica capitalista ou que se baseie na rendibilidade económica dos nossos estudos.
Além disso, a entrada de uma universidade privada no nosso país suporia um agrávio mais para as classes populares, que vêm sofrendo um progressivo recorte de direitos e serviços ligado às políticas neoliberais que buscam provocar em última instância que só as elites e classes altas tenham acesso a um ensino de qualidade.
Defendamos os nossos direitos, entre eles, o direito a um ensino digno. A banca é a banca, e com o ensino não se comercia.
Assim pois, atuando com coerência e estando dispostas a loitar por um ensino galego, público e justo, chamamos a secundar a convocatória da PLATAFORMA GALEGA EN DEFENSA DA UNIVERSIDADE PÚBLICA, consistente em diversas concentrações no dia 11 de fevereiro em diferentes pontos do país.
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